15 de novembro de 2013

Inexprimível

É como andar em um balanço, sentindo o corpo leve e o vento tocando o rosto. É como flutuar em águas tranquilas, sentindo a superfície da água beijar a superfície da pele. É como contemplar o pôr-do-sol ao som do canto dos pássaros e perceber que há muito mais além do que nossos olhos podem alcançar. É como efeito de música calma sobre emoções inquietas. É como um mergulho no mar em dia quente. É como andar descalço na areia fresca. É como beber água direto da fonte, sentindo-a passar pela garganta e aliviar a sede.
É como chegar em casa e encontrar o abraço da nossa cama, após um dia intenso de trabalho. É como o colo de quem a gente ama; como o abraço que acalenta a alma. É como sorriso genuíno de criança. Como aquele gesto de amor tão puro, que te constrange e te deixa sem palavras...
É tão leve, tão fresco, tão pleno, tão puro, tão aconchegante, tão simples e tão completo, que é quase inexprimível...
Assim é descansar nos braços do meu Deus!

Natalie Laux

11 de novembro de 2013

O caminho inverso


Tudo mudou quando eu descobri que preciso sorrir para ser feliz e, não, estar feliz para sorrir. Tudo clareou quando entendi que preciso ser grata para me sentir satisfeita e, não, estar satisfeita para agradecer. A vida ganhou mais sentido desde que compreendi que preciso me doar para me sentir completa; não, estar completa para me doar. E que dividir-se é multiplicar-se.
O mundo tem mais cor desde que enxerguei que devo agir para me sentir motivada e, não, esperar a motivação para, então, agir; que tenho de ter iniciativa para mudar as circunstâncias, e não, esperar que elas mudem para ter iniciativa. 
Minha cruz ficou mais leve quando entendi que preciso descansar para suportá-la; e, não, suportá-la, para, como recompensa, obter descanso. O caminho se tornou mais emocionante quando passei a encarar as dificuldades não como problemas, mas como desafios.
Os homens me ensinaram a correr atrás da felicidade e, assim, me deixei convencer de que eu não era feliz... e a perdi. Foi, então, que descobri que ela já estava mim e que eu apenas precisava aprender a não vendê-la, na esperança de, um dia, alcançá-la. Hoje, compreendi que preciso ser feliz para viver bem e não, viver bem para ser feliz. 

Natalie Laux