12 de maio de 2010

QUATRO ESTAÇÕES


A "primeira impressão que fica" é algo complicado. Digo, inclusive, que algo perigoso e, certas vezes, prejudicial, se não considerada com flexibilidade. Muitas vezes, se eu não tivesse dado o direito da dúvida, teria deixado de descobrir verdadeiros tesouros escondidos por detrás de um rosto, num primeiro momento, rígido, frio, ou, mesmo, para mim, "antipático". Se eu não tivesse esperado, julgaria muitas pessoas por apenas um momento de sua vida - e, além de ser injusta, perderia de aprender muitas coisas que, hoje, me ajudam a viver.
A nossa tendência é essa. Mas a verdade, é que nenhum de nós sorri o tempo todo e nenhum de nós gosta de ser julgado por apenas uma estação da nossa vida. Penso em quantas pessoas que frequentemente sorriem, temem deixar de ser amadas - porque, provavelmente, deixariam de sê-lo - se expressarem que estão, na verdade, em uma fase de fraqueza, ou de tristeza, de revolta, ou mesmo de transição, de revisão de conceitos que antes as mantinham em concordância com um grupo ou uma maioria. E penso, também, o quanto muitas outras aprenderiam a sorrir se fossem amadas e respeitadas, primeiramente, na sua fragilidade.

Será que não percebemos que, se rejeitamos a face HUMANA do outro é porque não somos capazs de aceitar, primeiramente, a nós mesmos? Na humanidade, e perante a dor e a morte, nós somos todos iguais! E, se o orgulho ameaçar tomar conta, lembremos que todos "do pó viemos, e a ele retornaremos" - conforme está escrito em Eclesiastes 3.20.
Portanto, nosso papel de pessoas igualmente imperfeitas e suscetíveis às diferentes estações da vida, certamente, não é o de julgar ou se afastar; mas, a coisa mais sensata a fazer é acolher, dar suporte e amar, independente de "a árvore" estar florida, seca, cheia de frutos, ou coberta de espinhos.
A mensagem abaixo é linda e tem muito a nos ensinar a respeito disso e de paciência.
Abaixo dela, as sábias palavras de Eclesiastes 3.

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QUATRO FILHOS E QUATRO ESTAÇÕES

Um homem morava no deserto e tinha quatro filhos ainda adolescentes. Querendo que seus filhos aprendessem a valiosa lição da não precipitação nos julgamentos, os enviou para uma terra um onde tinha muitas árvores. Mas ele os enviou em diferentes épocas do ano.

O primeiro filho foi no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o mais novo foi no outono.
Quando o último deles voltou, o pai os reuniu e pediu que relatassem o que tinham visto.

O primeiro filho disse que as árvores eram feias, meio curvadas, sem nenhum atrativo. O segundo filho discordou e disse que na verdade as árvores eram muito verde e cheias de brotinhos, parecendo ter um bom futuro.

O terceiro filho disse que eles estavam errados, porque elas estavam repletas de flores, com um aroma incrível e uma aparência maravilhosa!

Já o mais novo discordou de todos e disse que as árvores estavam tão cheias de frutos que até se curvava com o peso, passando a imagem de algo cheio de vida e substância.

Aquele pai então explicou aos seus filhos adolescentes que todos eles estavam certos! Na verdade eles viram as mesmas árvores em diferentes estações daquele mesmo ano.
Ele disse que não se pode julgar uma árvore ou pessoas por apenas uma estação ou uma fase de sua vida.

Ele explicou que a essência do que elas são, a alegria, o prazer, o amor, mas também as fases aparentemente ruins que vem daquela vida só podem ser medidas no final da jornada quando todas as estações forem concluídas!

Se você desistir quando chegar o “inverno”, você vai perder as promessas da primavera, a beleza do verão e a plenitude do outono.

Não permita que dor de apenas uma “estação” destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida por apenas uma fase!

Persevere através dos caminhos dificultosos, e épocas melhores virão com certeza!
Viva de forma simples, ame generosamente, se importe profundamente,fale educadamente...e deixe o restante com Deus!

A felicidade mantém você doce. Dores mantém você humano. Quedas te mantém humilde.
Sucesso te mantém brilhando. Provações te mantém forte. Mas somente DEUS...te mantém prosseguindo!

(Autor desconhecido)

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Eclesiastes 3. 1-8 (NTLH)

Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.
Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.

O DESPERTAR!


Existe - ou seria ideal que sempre existisse - aquele tempo em que o efeito "anestésico" que nos deixou adormecidos para algumas coisas que nos prejudicam e que, por hábito, mantemos, parece que passa. Então, de repente, você parece acordar e decide fazer uma FAXINA em tudo o que não presta! Este texto quebra alguns paradigmas, e muitas coisas rígidas que construímos em cima de "castelos de areia". Sábias e sensatas palavras! Compartilho! ;)


O DESPERTAR

Chega um tempo em tua vida quando você finalmente se dá conta - em meio de todos seus medos e insanidade – de que você está andando em círculos ou até no ponto morto. Em algum lugar dentro de você há uma voz que grita - CHEGA!

Chega de lutar e debater-se tentando agüentar firme. E, como uma criança que se aquieta após a tempestade, seus soluços começam a abrandar-se, seu desespero a acalmar-se – e devagarinho você começa a ver o mundo com novos olhos.

Este é seu DESPERTAR.

Você percebe que é tempo de parar de esperar que tudo mude ou até que você possa transformar o mundo, por mais que se envergonhe deste seu orgulho que foi a mola propulsora da sua luta – (e ela foi boa!), de esperar por felicidade, segurança ou plenitude além do próximo horizonte.

Você faz as pazes com o fato de não haver um final feliz para todos seus contos de fadas e que o “...e viveram felizes para sempre“ deve começar dentro de você. Neste processo nasce um sentimento de serenidade e aceitação.

Você aceita o fato de que não é perfeito(a) e que nem todos podem amar ou aceitar quem e o que você é – e é bom que assim seja. Cada qual é prisioneiro(a) de sua própria visão limitada. E você aprende a amar a si mesmo(a) e a dar-se tapinhas de estímulo nas costas, num estágio de nova aceitação de si mesmo(a).

Você pára de queixar-se ou de acusar outras pessoas pelo que fizeram ou não fizeram a você e aprende a contar com o inesperado.

Você aprende que as pessoas nem sempre dizem o que pensam ou pensam o que dizem e que nem todos estão aí para você e que nem tudo gira ao seu próprio redor.

Assim você aprende a assumir responsabilidade por você e de cuidar de si mesmo(a)...e neste processo nasce um sentimento de segurança e auto-confiança.

Você pára de julgar e apontar dedos e começa a aceitar as pessoas como são e de passar por cima de seus erros e fragilidades humanas... e neste processo um sentimento de paz e contentamento nasce do perdão que você dá.

Você percebe que o jeito que você percebe a si mesmo e o mundo ao seu redor, é resultado de todas as mensagens e opiniões que lhe foram passadas ao longo da vida. E você começa a revisar todo lixo com que o(a) alimentaram sobre como deveria comportar-se, mostrar-se em público, o quanto deveria pesar, o que usar, como e quanto ganhar na sua vida, como dirigir, como e onde viver, com quem casar, a importância de ter e criar filhos e o que você deve à sua família e amigos.

Você aprende a deixar outros mundos e diferentes pontos de vista entrarem dentro de você. E você inicia a redefinir e reassegurar-se de quem você realmente é e pelo que vale a pena viver.

Você aprende a diferença entre DESEJAR e PRECISAR e descarta doutrinas e valores agora obsoletos ou que você nunca deveria ter adquirido...e neste processo você aprende a acreditar na sua intuição e no seu instinto.

Você aprende que é dando que se recebe.

E que há poder e glória em criar e contribuir para a transformação deste mundo, com aquilo que você é. E você pára de navegar pela vida como um mero consumidor, ávido pelo próximo artigo de consumo que preencha seu vazio.

Você aprende que princípios como honestidade e integridade não são ideais retrógrados de eras passados, mas que são o cimento que firma a base na qual você necessita construir sua vida.

Você aprende que não sabe tudo, mas que não é possível salvar o mundo e que você não consegue ensinar um porco a cantar...

Você aprende a distinguir entre culpa e responsabilidade e a importância de colocar limites e dizer "não"!

Você aprende que a única cruz que precisa ser carregada é aquela que você opta em carregar com coragem – e que mártires são queimados na fogueira.

E então você aprende sobre o amor. Como amar, quanto entregar-se no amor, quando recolher-se e quando ir embora.

Você aprende olhar os relacionamentos como eles realmente são e não como os desejaria. E você não enfeita, mas também não denigre a própria imagem, tampouco a de outros.

Você pára de tentar controlar as pessoas, situações e resultados.

Você fala menos e fica mais tempo calado.
Quando você diz algo os outros ouvem porque você terá MAIS a dizer do que antes...quando então havia tanta conversa fiada...e você percebe que aqueles que você ama têm coisas importantes a dizer e que você precisa ouvi-los mais.

Você aprende que sozinho não é sinônimo de solitário.

Você pára de trabalhar em excesso e de rejeitar e colocar seus sentimentos de lado ou de ignorar suas reais necessidades.

Você aprende que seus sentimentos devem ser levados a sério – todos eles e que você não manda neles...e que é seu direito querer e expressar o que quer...e que pedir é necessário.

Você aprende que você merece ser tratado(a) com amor, bondade, sensibilidade e respeito – que você não vai deixar por menos...e também não fazer menos.

E você aprende que seu corpo é um templo. E você começa a cuidar dele e tratá-lo com respeito – especialmente seus órgãos mais fracos e susceptíveis. Você começa a fazer questão de uma dieta balanceada, toma mais água e faz mais exercícios.

Você aprende que o stress e o cansaço enfraquecem seus mecanismos de defesa, aumentam o medo e a dúvida e detonam os pontos fracos de sua personalidade. Por isso, descanse mais, para seu bem e o daqueles que você ama.

E, como o alimento enche o corpo, o riso enche a alma. Assim, tome mais tempo para rir e brincar. Trate bem sua criança interna, tanto mais se ela for uma criança ferida.

Você aprende que, na maioria das vezes, você ganha na vida aquilo que acredita merecer...e que muito na vida é uma profecia que se auto-realiza.
Você aprende que para obter algo valioso é preciso investir e que desejar que algo aconteça é diferente de fazê-lo acontecer. Lembra da canção da nossa época: "Vem, vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer!"

Você aprende que o preço do êxito é direção, disciplina e perseverança.

Você igualmente aprende que ninguém pode fazer tudo sozinho... e que
está certo pedir ajuda.

Você aprende que a única coisa a temer, realmente, é o medo que paralisa.
Você aprende a pisar firme no meio de seus medos e transpô-los, pois você sabe que é capaz de enfrentar qualquer situação e que entregar-se ao medo é abrir mão do direito de viver sua vida.
E você aprende a batalhar por sua vida e não ficar sufocado debaixo da nuvem da fatalidade.

Você aprende que a vida nem sempre é justa, você nem sempre ganha o que acha merecer e que coisas ruins acontecem até para pessoas boas. Nestas ocasiões não leve as coisas tão pessoalmente.

Você aprende que Deus não está castigando você ou esquecendo de responder à suas orações. Mas acontece que a vida é assim mesmo.

E você aprende a lidar com o mal em seu estado mais primário – seu ego!

Você aprende que deve entender e re-direcionar seus sentimentos negativos como raiva, inveja e ressentimento. Caso contrário, eles sufocarão sua vida e envenenarão também o universo ao seu redor.

Você aprende a admitir quando está errado e a construir pontes, em vez de muros.
Você aprende a ser grato e a apreciar as pequenas coisas que tomamos como naturais e garantidas, mas que milhares de pessoas jamais podem sonhar em ter algum dia: uma geladeira cheia, água encanada, uma cama quentinha ou um chuveiro refrescante.

Passo a passo você se responsabiliza por si mesmo(a), prometendo a si mesmo(a) não trair-se e de ouvir a voz de seu coração quando Deus fala através dele!
E você coloca um cata-vento do lado de fora da janela para observar o efeito de vento. Algo que não se vê, mas que é!

E você resolve continuar confiando e permanecendo aberto para todas as possibilidades maravilhosas da vida.

Finalmente, com a coragem no coração e Deus ao seu lado, você toma o seu lugar, respira profundamente e começa a delinear a vida para ser vivida da melhor maneira que puder.

Felicidade é um estado de espírito, não um desígnio.


(Autor desconhecido – tradução do Inglês por Dorothea Wulfhorst)