9 de janeiro de 2010

Pontapé inicial: o vício de agradar a todos!


Bom, compartilhar nossas idéias, ao mesmo tempo que é fonte de refrigério para pessoas de mentes inquietas como eu, é, também, assumir um risco: o de os outros gostarem, odiarem ou, até ficarem indiferentes ao que lêem. Mas o processo de agradar e desagradar a outros é algo presente no decorrer de toda a nossa vida. Enquanto para alguns você está "no ponto", para outros já está "passado" e, para outros, ainda está "cru". Algo que é fato e contra o que tentamos, em vão, lutar.

Hoje, aqui, para iniciar, entro em uma das coisas que aprendi e que, pra mim, se tornou relevante: que um dos maiores vilões de relacionamentos é "vício de agradar a todos".
Durante essas tentativas, em que muitas vezes nos tornamos capazes de assumir "carapuças" até mesmo controversas, chega (espera-se!) um momento em que percebemos que estamos perdendo tempo, e que só podemos esperar ser verdadeiramente amados (e aqui tanto faz se em relacionamentos de amizade, familiares, conjugais ou de qualquer outro cunho) quando passarmos a imagem daquilo que verdadeiramente somos. Um preço alto e gratificante a ser pago: implica no desprazer de perceber que são minoria as pessoas que sabem admirar as diferenças e amar - com e apesar delas; como na satisfação de ver que essas pessoas existem, têm um valor inigualável, e estão por aí, com o desejo e a ousadia de assumir relacionamentos verdadeiros,transparentes e sólidos.

Sermos amados pelo que somos não significa, no entanto, esperar que os pontos que precisam, de fato, ser melhorados no nosso caráter, devem ser aceitos pelos outros sem contestação ou que não devem ser trabalhados. Sim, eles devem! A menos que você seja uma pessoa conformada em não crescer (amadurecer) durante a sua vida - o que vai, inclusive, contra o curso natural da própria vida. E crescer, dói. Mas como ouvi certa vez alguém dizer e nunca mais esqueci: não crescer,dói mais ainda!

É preciso coragem para olhar para dentro de si, encarar o espelho, e assumir que teremos - sempre - o que melhorar. Mas um pouco de observação basta para perceber que isso faz parte da dinâmica da vida, e que não é necessário sentir culpa ou envergonhar-se, mas, antes, deve-se orgulhar de ser alguém que está sempre disposto a rever suas atitudes sem medos, sem perder a auto-confiança e a admiração por tudo de bom que se é e que se conquistou até então.

Em se tratando da diversidade/ das diferenças:

Como uma pessoa curiosa que sou, não espanta que eu tenha amizades com os mais diversos tipos humanos. O que, algumas vezes, me coloca em situações como estar com dois amigos de "planetas diferentes" sentados à mesma mesa, que simplesmente não conseguem estabelecer comunicação entre si! Já nas minhas festinhas de aniversário da adolescência era possível distinguir os "grupinhos" subdivididos: os da escola, os das festas, os metaleiros, as patricinhas, os das igreja e por aí vai. Todos eles contendo pessoas significativas na minha vida!

Como todos esses "tipos humanos" souberam e sabem, eu creio em Deus, e creio também que as diferenças são, não somente uma das coisas mais criativas e belas, como necessárias, que Ele fez. É preciso que assim seja, e que paremos com aquele velho e infantil narcisismo de achar que "só é bonito o que é espelho". É aquela conversa: "e se todos gostassem das mesmas coisas...e se todos só soubessem fazer as mesmas coisas,como seria, ou que graça teria, etc, etc?" Sem dúvida, morreríamos, ou na competição pelos escassos recursos, ou pela falta de criatividade. A vida precisa de equilíbrio e ele é adquirido, em parte, graças às diferentes habilidades, dons, talentos e necessidades humanas! Eu acho isso lindo!

Essa diversidade, porém, não significa que o ser humano não tenha, em sua essência, muitas coisas em comum: tão diferentes, mas tão iguais... Há um vazio em comum, no âmago de cada um de nós, que foi feito para ser preenchido...e existe somente uma forma de preenchê-lo!

Mas enfim, este já seria um outro assunto, no qual pretendo entrar mais à frente, porque creio que já está de bom tamanho por hoje! ;)

Que nos encontros e desencontros desse blog e da vida, possamos sempre extrair algo de bom e, de alguma maneira, quem sabe, talvez possamos aprender, juntos.

Bem-vindo!

Um comentário:

  1. oii...é verdade, nesta busca do nosso verdadeiro eu, não podemos querer agradar a todos...Bem vinda ao mundo dos blogs, que tenhas muito sucesso...
    .
    .
    ...Abração!

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